CORREDOR BIOCEÂNICO

China quer parceria com o Paraná

DIÁRIO DO NORTE (PR) | GERAL | 15/03/2019
A China quer ser parceira com o Paraná em obras de infraestrutura, com grande interesse na execução do projeto do corredor bioceânico, que ligará os portos de Paranaguá, no Litoral do Estado, ao de Antofagasta, no Chile. A posição foi confirmada ao governador Carlos Massa Ratinho Junior e pelo embaixador da República Popular da China, Yang Wanming.
No encontro, eles assinaram um protocolo de intenções para promoção da cooperação cultural, turística e comercial. O governador destacou que a China é o principal mercado exportador do Paraná. “Somos o maior produtor de alimentos por metro quadrado do mundo. Esta é a nossa vocação e queremos ser um grande parceiro comercial da China”, afirmou. Ratinho Junior ressaltou que o planejamento do Estado para os próximos anos é de muito investimento em infraestrutura.
“Temos que organizar todo escoamento da safra para poder exportar para China e outros países de maneira mais eficiente, mais rápida e mais barata. Vemos a China como um grande parceiro nestes investimentos de infraestrutura”, ressaltou. Segundo o embaixador, as empresas chinesas têm interesse nos projetos de concessão de rodovias, ferrovias e aeroportos do Paraná, além de um projeto em andamento no Estado na área portuária. A implantação do corredor bioceânico é um projeto estratégico do Governo. “Queremos fazer do Paraná o hub logístico da América do Sul”, disse o governador, salientando que o Estado é o trecho mais curto entre os oceanos Atlântico e Pacífico. A ideia é que Itaipu faça o projeto executivo da ligação ferroviária entre Paranaguá e Antofagasta, interligando, também, Argentina e Paraguai. Ratinho Junior já levou o projeto ao presidente Jair Bolsonaro e em breve irá apresentá-lo ao presidente do Paraguai. “Tendo o projeto, a ideia é fazer a licitação por 50 anos para que países como a China e outros possam participar e construir a ferrovia”, disse o governador. “Pelos nossos cálculos, baratearia 40% do custo logístico da exportação para a Ásia e diminuiria em muitos dias esse transporte”, apontou.

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