China quer parceria com Paraná para obra do corredor bioceânico

DIÁRIO DO SUDOESTE (PR) | POLÍTICA | 15/03/2019
A China quer ser parceira do Paraná em obras de infraestrutura, com grande interesse na execução do projeto do corredor bioceânico, que ligará os portos de Paranaguá, no Litoral do Estado, ao de Antofagasta, no Chile. A posição foi confirmada ao governador Carlos Massa Ratinho Junior pelo embaixador da República Popular da China, Yang Wanming, em reunião nessa quinta-feira (14), no Palácio Iguaçu.
No encontro, eles assinaram um protocolo de intenções para promoção da cooperação cultural, turística e comercial.
O governador destacou que a China é o principal mercado exportador do Paraná. “Somos o maior produtor de alimentos por metro quadrado do mundo. Esta é a nossa vocação e queremos ser um grande parceiro comercial da China, em especial nessa área”, afirmou.
Ratinho Junior ressaltou que o planejamento do Estado para os próximos anos é de muito investimento em infraestrutura. “Temos que organizar todo escoamento da safra para poder exportar para China e outros países de maneira mais eficiente, mais rápida e mais barata. Vemos a China como um grande parceiro nestes investimentos de infraestrutura”, ressaltou.
Segundo o embaixador, as empresas chinesas têm interesse nos projetos de concessão de rodovias, ferrovias e aeroportos do Paraná, além de um projeto em andamento no Estado na área portuária.

Corredor
A implantação do corredor bioceânico é um projeto estratégico do Governo do Estado. “Queremos fazer do Paraná o hub logístico da América do Sul”, reiterou o governador, salientando que o Estado é o trecho mais curto entre os oceanos Atlântico e Pacífico.
A ideia é que Itaipu faça o projeto executivo da ligação ferroviária entre Paranaguá e Antofagasta, interligando, também, Argentina e Paraguai. Ratinho Junior já levou o projeto ao presidente Jair Bolsonaro e em breve irá apresentá-lo ao presidente do Paraguai.
“Tendo o projeto, a ideia é fazer a licitação por 50 anos para que países como a China e outros possam participar e construir a ferrovia”, disse o governador.
“Pelos nossos cálculos, baratearia 40% do custo logístico da exportação para a Ásia e diminuiria em muitos dias esse transporte”, apontou.

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