LUIZ GERALDO MAZZA
Imaginava-se um clima de tranquilidade para o governo estadual diante do apoio que tem do legislativo, ainda mais depois das negociações com o fórum sindical e da postergação da alta salarial para janeiro de 2020 no caso dos servidores do Executivo. E quando menos se esperava, Ratinho Junior veio com a medida radical do corte da licença-prêmio que restabelece o clima de conflito com o funcionalismo. Ainda que a medida diga respeito aos quadros funcionais futuros, a tese é provocação bélica na perspectiva dos servidores e por isso manterão a postura cabível – a de enfrentamento.
A bronca dos barnabés se deve ao fato de o governo mandar a mensagem ao legislativo sem debate, como é da tradição. Aliás, a queixa contra as fusões em órgãos da agricultura também desprezou o exame entre as áreas interessadas, imposição portanto. E se a repercussão no caso do Iapar já rendeu tantas mobilizações dá para concluir que o mesmo se dará com a licença-prêmio, por mais razoável que seja a linha de argumentação oficial, centrada no desespero e na evidência de que a gestão pública mergulhou no vermelho.