O Governo do Estado e a Klabin anunciaram nesta terça-feira (17) um investimento de R$ 450 milhões da empresa para obras de infraestrutura. O recurso é parte dos R$ 9,1 bilhões que estão sendo investidos pela companhia na ampliação da planta de Ortigueira, nos Campos Gerais. Um dos maiores investimentos privados da América Latina, o Projeto Puma II foi incluído no programa de incentivos do Governo do Estado e deve gerar 9 mil empregos diretos e indiretos na fase de implantação, além de mil postos de trabalho durante a operação. O protocolo de intenções que formalizou o investimento, que prevê melhorias nas malhas viárias existentes na região de influência do projeto, foi assinado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, pelo diretor-geral da Klabin, Cristiano Cardoso Teixeira; o diretor de Projetos da empresa, Francisco Razzolini; e pelos secretários Renê Garcia (Fazenda), Valdemar Bernardo Jorge (Planejamento e Projetos Estruturantes) e Sandro Alex (Infraestrutura e Logística). O empreendimento da Klabin, afirmou o governador, ajuda a consolidar o ambiente industrial do Estado e traz uma transformação a toda a região dos Campos Gerais. “Além de gerar empregos e ampliar o desenvolvimento econômico e social da região, a confirmação desse investimento é um atestado do bom ambiente do Estado, um grande cartão de visitas”, disse. “Quando consolidamos este projeto, outras grandes empresas passaram a olhar o Paraná com bons olhos”, ressaltou. “O compromisso assumido pela Klabin demonstra que nossos esforços estão orientados para o crescimento integrado e responsável. Assim como nossa indústria, os projetos que serão aprovados para esse investimento estarão guiados pela inovação, tecnologia e sustentabilidade, o que beneficia as comunidades do entorno de nossas operações”, afirmou o diretor-geral da Klabin, Cristiano Teixeira. Obras Durante o primeiro trimestre de 2020, a Klabin e a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística trabalharão no planejamento e detalhamento das obras e cronogramas. A empresa deverá executar as construções no período 2020 a 2024. “As obras serão definidas em conjunto com a fábrica, atendendo às suas demandas e também a da população que vive na região”, afirmou o secretário Sandro Alex. “O importante é que todos serão beneficiados com estradas melhores, adequações e ampliação de capacidade que vão dar mais segurança para todos”, ressaltou. Em contrapartida aos investimentos em infraestrutura que serão realizados pela Klabin, o Estado do Paraná concederá crédito presumido de ICMS, limitado ao valor efetivamente investido. O protocolo também prevê contrapartidas do Estado para a região de influência do Projeto Puma II, como complementação de efetivos do batalhão da Polícia Militar, Corpo de Bombeiro e Polícia Civil; a implantação de Instituto Médico Legal (IML), Delegacia Cidadã e Centros de Socioeducação (CENSE); e o funcionamento do Hospital Regional de Telêmaco Borba. Bons índices Ratinho Junior afirmou que o Estado deve fechar 2019 com R$ 23 bilhões em investimentos privados, número que se reflete nos índices econômicos. A produção industrial do Paraná é a maior do País, com crescimento de 6,9% até outubro. Também está entre os estados que mais gerou empregos no ano, com quase 67 mil vagas criadas no período. “Tudo isso é motivado pelo bom trabalho do poder público, em criar um ambiente jurídico com credibilidade e oferecer soluções para quem produz, e também pela confiança do setor privado. A ideia é continuar nesse mesmo ritmo no ano que vem, com a economia muito mais aquecida”, afirmou Ratinho Junior. “A consolidação do empreendimento da Klabin é a demonstração de que o Paraná é um estado seguro para se investir, que dá uma boa rentabilidade para quem investe e, acima de tudo, fortalece nossa vocação de ser uma terra de gente que trabalha”, salientou o governador. Projeto Puma II Presente no Estado desde 1930, a Klabin instalou em 2016 uma unidade de produção de celulose em Ortigueira, com capacidade de produzir 1,5 milhão de toneladas por ano. O Projeto Puma recebeu investimentos de R$ 8 bilhões, com incentivos do governo. O empreendimento era, até então, o maior investimento privado já feito no Paraná. Em maio deste ano, a empresa anunciou R$ 9,1 bilhões para a expansão da planta, que ampliará a capacidade de anual de produção da fábrica para 2,5 milhões de toneladas de celulose, com a produção integrada de 920 mil toneladas de papel por ano. O Projeto Puma II compreende a instalação de duas máquinas de papel para embalagens (kraftliner), com produção de celulose integrada. A primeira etapa consiste na construção de uma linha de fibras principal para a produção de celulose não branqueada integrada a uma máquina de papel kraftliner, com capacidade de 450 mil toneladas por ano. A segunda contempla a construção de uma linha de fibras complementar integrada a outra máquina de papel kraftliner, com capacidade de 470 mil toneladas anuais.