Sistema de monitoramento ambiental pode ser solução ao agronegócio

O PARANÁ (PR) | GERAL | 01/02/2020
Foz do Iguaçu - Além dos dados de 115 estações climáticas do Paraná, o sistema desenvolvido pelo PTI (Parque Tecnológico Itaipu) para monitoramento agora recebe também informações sobre a qualidade da água no reservatório da Itaipu Binacional. O desenvolvimento do sistema começou em 2018, inicialmente para aprimorar o processo de coleta de dados das estações, que agora é automatizado. Depois de validado, a equipe do Parque Tecnológico recebeu da Itaipu um novo desafio: adicionar também os dados da qualidade da água do reservatório. Essa nova versão do Smec (Sistema de Monitoramento de Estações Climáticas) recebeu o nome de Sima (Sistema de Monitoramento Ambiental). A nova versão foi entregue e já vem sendo utilizada pela hidrelétrica. Em virtude de seu potencial de trazer benefícios ao agronegócio, o sistema será uma das soluções apresentadas pelo PTI na 32ª edição do Show Rural Coopavel, em Cascavel. De acordo com o gestor do Celtab (Centro Latino-Americano de Tecnologias Abertas) do PTI, dias de São Paulo. A melhoria da produção deste ano é resultante das chuvas localizadas na área do reservatório e do desempenho da usina. Só no mês de janeiro, o nível dos reservatórios da Região Sudeste, os mais importantes para o setor elétrico nacional, aumentou em média 4,2%. Mesmo assim, o armazenamento é baixo: 24%, o que sinaliza ainda cautela quanto às vazões e, consequentemente, produções futuras. ACUMULADA Maior usina em operação do mundo, até as 9h50 de quinta-feira (30), Itaipu havia completado 2.695.953.648 MWh de energia acumulada, produção suficiente para atender o consumo do mundo inteiro por 43 dias. Segundo o diretor técnico executivo, Celso Torino, “quanto mais Itaipu produz, tanto Miguel Matrakas, a intenção é que, com o Sima, os técnicos, em um mesmo lugar, encontrem todos os dados ambientais monitorados pela Itaipu Binacional.As estações climáticas são capazes de monitorar cerca de 40 variáveis, que incluem temperatura, umidade, volume de chuva e direção do vento. Já em relação à qualidade da água, as estações e as amostras coletadas fornecem informações como temperatura, pH (acidez), partículas em suspensão, entre outras características em diferentes profundidades.

O próximo objetivo é que o sistema integre também as informações do Núcleo de Inteligência Territorial do Parque Tecnológico, que reúne dados sobre o território, água, clima e biodiversidade, a fim de auxiliar as ações da Itaipu voltadas para o desenvolvimento regional. TECNOLOGIA LORA A proposta do Smec surgiu a partir da necessidade de facilitar a coleta dos dados das estações, para a qual muitas vezes era necessário o deslocamento de um técnico ao local. Para isso, foi implementada a tecnologia de radiofrequência LoRa, muito utilizada em Internet das Coisas, uma vez que possui vantagens em relação ao 3G e 4G, pois consome pouca energia, possui baixo custo de manutenção e raio de cobertura de até 12 quilômetros. O Smec foi desenvolvido em parceria com a Unioeste, sendo integrado ao projeto Fazenda Inteligente. A rede de coleta de dados meteorológicos integra estações da Itaipu, do Iapar (Instituto Agronômico do Paraná) e unidades de baixo custo, feitas pela própria equipe do PTI. Essa solução pode beneficiar o agronegócio e, conforme o gerente do Celtab, estão sendo avaliadas possibilidades de parcerias a fim de desenvolver um sistema de alerta para os produtores rurais, que pode auxiliar a tomada de decisão e garantir melhores resultados

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