Escolas se preparam para possível emergência

JORNAL BEM PARANÁ (PR) | GERAL | 12/03/2020
RODOLFO LUIS KOWALSKI
Antes mesmo do Paraná confirmar os prováveis primeiros casos de coronavírus, as instituições de ensino pública e privada já se preparavam para a iminente chegada da doença. Além das recomendações padrões para doenças infecto- -contagiosas, como o uso de álcool gel, limpeza reforçada e abertura de janelas e portas das salas de aula para ventilação do ar, a restrição ao uso de bebedouros e até mesmo a antecipação das férias de julho são medidas que estão em pauta. O Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe-PR), por exemplo, relata que ainda no começo de fevereiro encaminhou a toda a rede privada uma série de recomendações e explicações sobre o Covid-19. Entre as medidas sugeridas estão a presença de álcool gel nas portas das salas de aula e que os alunos passassem a utilizar garrafas de água individuais, em vez dos bebedouros. “Hoje estamos meio que ladeados de doenças: coronavírus, sarampo, dengue, meningite... Então pedimos para as famílias que, caso notassem qualquer alteração nas crianças, para que avisem a escola. Não sabemos o que pode vir, mas esatamos seguindo as normativas do Ministério da Saúde”, explica Esther Cristina Pereira, presidente do Sinepe. Ainda segundo ela, ainda é prematuro falar sobre antecipação das férias de julho ou suspensão das aulas por algum período. “O Ministério da Saúde está fazendo estudos, pensando nessa questão. Mas vamos aguardar, porque se isso acontecer, vai vir uma medida. Hoje recebemos um documento, pode acontecer em cidades específicas, com mais casos”, afirma. Em Curitiba, no entanto, já há instituições preparadas para uma situação dessas, em que haja necessidade de suspensão das aulas por conta do risco de contágio. É o caso do Colégio Positivo, que há 10 anos, quando houve a epidemia de Gripe A (H1N1), chegou a suspender as aulas por duas semanas. “É uma possibilidade que trabalhamos, adiantar as férias, recesso de julho. Se isso acontecer, não vamos deixar os alunos desamparados. Vamos publicar aulas online, cobrar exercícios, fazer com que não diminuam o ritmo de aprendizado. Espero que não aconteça, mas estamos preparados”, comenta Celso Hartmann, diretor do Colégio Positivo. “Minha preocupação maior é agora, que vem outono e inverno”, ressalta. Isolamento — Outra medida adotada pelo Colégio Positivo e também pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) foi recomendar aos alunos que viajaram para países que já enfrentam surto da doença que permaneçam em isolamento domiciliar por um período de 14 dias. A PUC, inclusive, montou uma Central do Coronavírus para orientar os estudantes que retornam de viagem.

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