“Em virtude da alta demanda de procura por atendimento, e pacientes já diagnosticados que precisam de atendimento diferenciado, uma vez que ele precisa de hidratação e observação em média de seis horas, o município identifi cou que o melhor local para abrigar o possível Hospital de Campanha provisório, de 60 a 90 dias, é a Ala de Queimados do Huop, pois está construída e ociosa no momento, sem desviar da sua devida finalidade posteriormente”. A declaração é do secretário de Saúde de Cascavel, iago Stefanello, que comandou a reunião de trabalho do COE (Centro de Operações em Emergências), nessa quarta-feira (11) para debater a implantação do “hospital de campanha”. A unidade provisória na Ala de Queimados tem como objetivo atender a demanda crescente de pacientes com sintomas de dengue que precisam de um local adequado para a observação médica, além de montar uma estrutura que possa ser ponto de apoio em um possível surto de coronavírus, que já teve a situação de pandemia decretada pela OMS (Organização Mundial da Saúde). O secretário enfatizou que o município propõe agora uma articulação junto com o Governo do Estado, HU e Consamu para custear a mão de obra necessária. A Prefeitura já possui os mobiliários necessários e insumos para equipar a estrutura provisória.
Encaminhamentos
Na reunião que contou com representantes da saúde municipal, Acic, Amic, Uopeccan, Lions Club, Rotary, 15ª Brigada de Infantaria Motorizada (Exército), 10ª Regional de Saúde, hospitais da rede privada, Unipar, Univel, FAG, Unioeste/Huop, Cenap, Conselho Municipal de Saúde e a Promotoria de Saúde Pública do Ministério Público do Paraná, com o promotor Ângelo Mazuk, foram dados dois encaminhamentos. Primeiro, as entidades convidadas vão desenvolver um canal informativo direto com o seu público para reforçar a necessidade prática da prevenção contra a dengue, quanto a limpeza fora e dentro das residências e estabelecimentos comercias. A segunda proposta segue com trabalho técnica entre a Secretaria de Saúde, a 10ª Regional de Saúde/Sesa, Reitoria da Unioeste e direção-geral do Hospital Universitário, além do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná (Consamu), para efetivação do “Hospital de Campanha” e contratação temporária de médicos, enfermeiros, técnico e auxiliares para o trabalho de atendimento aos pacientes.
Custos
“A questão principal agora são os custos dos medicamentos, soros fi siológicos, exames que precisarão ser feitos e dos profi ssionais para trabalharem. Essa análise mais detalhada será feita ainda nesta semana na reunião técnica para colocar na ponta do lápis o custo, que deve chegar em torno de R$ 1 milhão por mês”, complementou Thiago. A proposta é que se tenha quatro médicos durante o dia, das 7h às 19 horas para as consultas, e depois das 19h às 7 horas, dois médicos para acompanhamento dos pacientes em observação. A unidade, depois de defi nido o quadro temporário de colaboradores e os insumos necessários, deve levar em torno de 15 a 20 dias para entrar em funcionamento. “A estrutura será essencial para conter a epidemia de dengue e também nos preparar para a prevenção contra as síndromes respiratórias que vem com o inverno, e com o surto de coronavírus que não para de crescer em todo o Brasil”, fi nalizou o secretário.