ADENIR BROCCO
Através de um calendário anual, os policiais do 3º Batalhão da Polícia Militar (3º BPM) de Pato Branco realizam cursos de atualização para agirem de forma correta na primeira intervenção em crises com reféns. Eles atualizam as técnicas que são usadas para resolver as crises da melhor maneira possível, sempre com o objetivo de preservar vidas. O tenente Allan de Souza Mori, comandante da Rotam, foi um dos instrutores do curso de atualização da primeira intervenção em crises, ministrado para 32 policiais, mas o objetivo é de que todo o efetivo do 3º BPM faça a atualização até o fim do ano. Além disso, haverá outras instruções no decorrer de 2020, como de tiros e técnicas de abordagens policiais. De acordo com o tenente Mori, as situações de crise ocorrem quando os bandidos fazem reféns, como em assaltos frustrados a bancos. Ele disse que são utilizadas técnicas de contato com o causador do evento crítico para resolver a crise da melhor maneira possível, sempre com o objetivo de preservar a vida dos reféns e do criminoso, convencendo-o a se entregar. Mori afirmou que são poucos os casos na região, mas quando acontecem os policiais precisam estar preparados para agir e salvar vidas. Ele lembrou de uma crise que ocorreu no início deste ano, em Palmas. Um homem veio com um Santana de Alpestre (RS) com a ex-sogra e duas ex-cunhadas para que mostrassem onde estava escondida a sua ex-mulher, em Palmas, pois não aceitava o fim do relacionamento. A mulher descobriu que ele estava vindo e com medo de ser morta acionou a Polícia Militar, que localizou o Santana e passou a fazer o acompanhamento tático, mas o homem entrou em uma residência e fez as mulheres reféns por mais de 12 horas. Os policiais utilizaram as técnicas de contato e após longa negociação o homem se entregou e as vítimas foram liberadas.