A indústria liderou a oferta de empregos em julho no Paraná, com 6.560 novos trabalhadores contratados. Foi a segunda alta consecutiva no ano. Em junho, o setor já havia registrado saldo positivo de 1.500 vagas abertas. A construção civil também criou 2.003 empregos em julho, seguida pelo comércio (1.250) e pelo setor agropecuário (390). Serviços é o segmento com pior desempenho no mês, registrando fechamento de 1.370 postos de trabalho. Os dados são do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pela Secretaria do Trabalho, do Ministério da Economia na última sexta (21). No acumulado do ano, o setor com melhor desempenho é a construção civil, que já abriu 9.293 novas vagas, seguida pelo agropecuário, com 3.247. Ainda com saldos negativos, de janeiro a julho, estão indústria (-1.071); serviços (-24.824); e comércio (-26.024). Por se tratar de uma nova metodologia, não é possível comparar os dados atuais com o mesmo período de 2019. “Os resultados mostram que, no geral, a indústria paranaense superou o pior momento da crise causada pela pandemia e tem retomado seus níveis de produção”, afirma o presidente da Fiep (Federação das Indústrias do Paraná), Carlos Valter Martins Pedro. “Alguns setores ainda enfrentam maiores dificuldades, mas a volta das contratações é fundamental para a recuperação da atividade econômica como um todo, já que mais empregos significam mais renda e mais consumo”. O economista Evânio Felippe, da Fiep, acredita que o crescimento expressivo de vagas na indústria sinaliza uma tendência de recuperação da atividade no Paraná. Em março, quando começou a pandemia no Brasil, várias empresas tiveram interrupção total de serviços. Mas, nos últimos dois meses, com a retomada gradual, foram registradas duas altas seguidas na produção industrial. Em maio, de 24%, e junho, 5,2%. “Este movimento positivo no mercado de trabalho mostra que o pior da crise já passou e que essa trajetória de recuperação do setor pode vir forte também em agosto. Se o empresário está contratando, é porque existe previsão de aumento de demanda na produção e isso é muito importante para superar as perdas acumuladas no período de pandemia”, avalia.