A safra de grãos de verão 2020/21 deve somar 23,9 milhões de toneladas em uma área de 6,1 milhões de hectares, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Esse volume indica uma redução de 4% se comparado à sa- fra 2019/2020. O relatório des- te mês aponta que tanto o clima quan- to a ocorrência de pragas reduziram a produtividade e a qualidade dos grãos em algumas das principais culturas do Estado. Espera-se a pro- dução de 20,34 mi- lhões de toneladas de soja para a safra 20/21 (safra total), uma redução de 2% na comparação com a safra 19/20. Se houver melhora nas condições climáticas, a colheita do grão deve acelerar nas próximas sema- nas. Já a primeira safra de milho deve somar 3,2 milhões de toneladas, 7% a menos do que indi- cava a estimativa inicial. A colheita da soja avançou nas últimas semanas, mas ainda está atrasada com relação aos anos anteriores. Hoje, 8% da área está colhida, somando apro- ximadamente 470 mil hectares. A situação é semelhante à do mês de fevereiro de 2018, quando o Paraná tinha 9% da área colhida, o equivalente a cerca de 500 mil hectares. Os técnicos do Deral reduziram a expectativa de produtividade da soja c o m p a r a t i v a m e n t e ao mês de janeiro, devido à seca no início do plantio e também do excesso de chuvas em de- zembro e janeiro. Porém, a atual pro- dutividade obtida está dentro da média esperada para o período, próxima da expectativa inicial, de 3.650 kg/ha. Segundo o Deral, a produção de soja na safra 20/21 não será recorde, mas tende a ser volumosa. Se o clima colaborar nas próximas semanas, deve haver aceleração da colheita. Está prevista para esta safra a produção de 20,34 milhões de tone- ladas, volume 2% abaixo do produzi- do na safra anterior. Já a primeira sa- fra de feijão está se encerrando no Paraná, embora alguns núcleos regionais, como o de Campo Mourão, ainda tenham áreas para colher. Esta safra é pequena, porque o clima impactou bastante. A produção está estimada em 254,6 mil toneladas, volume 19% menor do que o colhido na safra anterior, quando o Pa- raná teve uma safra cheia, e 13% menor com relação ao po- tencial produtivo estimado no início da safra. A área es- timada é de 151,7 mil hectares, próxima ao registrado no ciclo 19/20. O mercado espera uma safra satisfa- tória para o feijão de segunda safra no Paraná. Da área de 233,2 mil hecta- res prevista, cerca de 73% já está se- meada, e a colheita deve iniciar em abril. Desse total, as condições das lavouras no campo são 89% boas e 11% médias. A previsão é que sejam produzidas 460,9 mil toneladas, 72% a mais do que na safra 19/20, quando foram produzidas 268,7 mil. Nesta semana, a saca de 60 kg de feijão-cores foi comercializada por R$ 288,51, e o feijão-preto por R$ 301,09.
MILHO Fatores como o clima seco e a ocor- rência de pragas em algumas lavouras impactam negati- vamente no milho da primeira safra. Embora a área, estimada em 359,7 mil hectares, seja 1% maior do que na safra passada, esses fatores redu- ziram a estimativa de produção. Nes- te momento, está prevista a colhei- ta de 3,2 milhões de toneladas, o que representa uma redução de quase 7% se comparada à expectativa inicial, e de 11% em relação à safra 19/20. Estima-se a produção de 13,6 milhões de toneladas na segunda safra de milho, volume 14% superior ao produzido na safra 19/20. E, após um ritmo rápido em janeiro, a comercialização do trigo teve uma desaceleração neste mês, atingindo 92%. Isso se explica pelo fato de que os agricultores já não têm tanto pro- duto disponível, e pela boa rentabili- dade proporcionada pelos preços. (Re- portagem/Foto: Re- dação e ANPr)