A Frente Parlamentar sobre o Pedágio, da Assembleia Legislativa do Paraná, realizou nesta sexta-feira (26), em Apucarana, a sétima audiência pública para debater o novo modelo de pedágio proposto pelo Governo Federal para as rodovias paranaenses. O encontro, ocorrido no Auditório Gralha Azul da Unespar, reuniu deputados, prefeitos, vereadores, lideranças políticas e do setor produtivo.
Estiveram presentes oito deputados estaduais: Arilson Chiorato (coordenador da Frente), Evandro Araújo, Tercílio Turini, Luiz Claúdio Romanelli, Delegado Jacovós, Tiago Amaral, Requião Filho e Subtenente Everton. Além da participação presencial, a audiência foi transmitida pela TV Assembleia, site e redes sociais do Legislativo. 
A audiência foi marcada por críticas contundentes ao novo projeto e à possibilidade de instalação de uma nova praça de pedágio na região, manifestação contrária que foi encabeçada pelo prefeito de Apucarana, Junior da Femac (PSD), que falou em nome de todos os prefeitos do Vale dso Ivaí.
“Não vamos deixar colocar uma praça de pedágio entre Apucarana e Califórnia. Não vamos deixar colocar uma porteira no desenvolvimento do Vale do Ivaí”, disse Junior da Femac. Ele pediu a união de todos os deputados e da comunidade contra o novo modelo de pedágio e pela não instalação de uma praça do gênero na região. 
O deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSB), integrante da Frente e primeiro-secretário da Assembleia Legislativa fez uma exposição dos efeitos nocivos que o novo projeto de pedágio pode trazer para o Paraná. Ele considera que o novo modelo não é tão ruim, porém está longe de ser aquele que os paranaenses imaginavam que pudesse pôr fim ao pesadelo que o povo vive hoje. 
“O modelo de concessão que o governo nos está oferecendo não é o que precisamos. Nós precisamos é que se reduza esse número de praças de pedágio e que se retire essas praças de pedágio das áreas urbanas”, disse. “Imagina que eles querem criar uma praça de pedágio aqui entre Apucarana e Califórnia e outra em Londrina. Por que fazer o tráfego regional, urbano e rural pagar pedágio? Isso é um absurdo”, afirmou.
Para Romanelli, é preciso rediscutir esse projeto inteiro que o governo federal está propondo, porque ele não atende os interesses da sociedade paranaense. A sua proposta, que também é a mesma da Frente Parlamentar, é que a licitação de rodovias seja feita pelo sistema de menor preço; que não haja nenhuma outorga; que não haja degrau de 40% depois da rodovia duplicada; e que se tenha uma garantia real com um depósito em caução da própria empresa em relação às obras previstas. O que nós defendemos é um modelo justo e honesto”, afirmou Romanelli, que foi acompanhado por todos os parlamentares que usaram da palavra.


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