Coluna do Broadcast

O ESTADO DE SÃO PAULO (SP) | COLUNAS | 13/11/2022
Negociações para compra e venda de shopping centers voltam à cena no País
A s negociações de compras e vendas de shoppings por empresas e fundos de investimento devem ter um ano mais aquecido em 2023, diante de um cenário com menos incertezas e com ativos importantes na mesa. A canadense Brookfield, por exemplo, pretende retomar as conversas para venda de suas participações nos shoppings Higienópolis e Pátio Paulista (na cidade de São Paulo) e Riosul (no Rio de Janeiro) no começo de 2023. A multinacional vem se desfazendo de seu portfólio de empreendimentos, mas não tem pressa para fechar negócio e tem dito a interessados que só venderá se o preço oferecido agradar. Outro negócio no radar para os próximos meses envolve a Ancar Ivanhoe.
Ancar ainda quer fusão na área O grupo tentou se unir com a BrMalls, mas perdeu o páreo para a Aliansce Sonae. Uma fusão ainda interessa à companhia como forma de ganhar escala e dar vazão a projetos em segmentos de logística, inteligência de dados, publicidade, entre outros.
Cenário é mais favorável às transações Entre os fatores que devem destravar os negócios está o maior controle da pandemia e a conclusão das eleições. Isso dá mais clareza às avaliações dos ativos. A perspectiva de redução dos juros em meados de 2023 também ajuda na capitalização de fundos imobiliários, que compram imóveis comerciais.
LUXO SÓ. A presidente da Iguatemi, Cristina Betts, disse que as conversas sobre fusões e aquisições já estão mais aquecidas do que nos últimos dois anos. Segundo ela, há um "ótimo caminho" para consolidação, seja via compra de fatia adicional nos empreendimentos do próprio portfólio ou em shoppings de terceiros. E afirmou estar confiante em fechar algum negócio, embora não seja possível precisar quando
NO PÁREO. Por sua vez, o presidente da Multiplan, José Isaac Peres, disse que o crescimento por meio de fusões e aquisições pode ser uma alternativa mais interessante no atual cenário do que a construção de novos shoppings. Segundo ele, o balanço pouco alavancado abre espaço para se fazer um cheque quando surgirem oportunidades. Multiplan e Iguatemi são candidatas a comprar os shoppings da Brookfield.
TROCA. O BV está substituindo US$ 300 milhões em títulos de dívida (bonds) que estão com investidores estrangeiros por três séries de letras financeiras perpétuas de cerca de R$ 500 milhões cada. Uma já foi emitida e as outras devem ser colocadas no mercado brasileiro em 2023. Os bonds são perpétuos, têm opção de recompra que vence em dezembro e será exercida pelo BV.
VANTAGEM. A opção de não emitir novos bonds para exercer o resgate antecipado trouxe benefícios ao banco, segundo o presidente do BV, Gabriel Ferreira. Entre eles, o custo de captação mais baixo do que no mercado externo e o alongamento de prazos de vencimento dos novos papéis, por serem emitidos em diferentes datas
PACOTÃO. No caso de um novo bond, a emissão teria de ser feita de uma única vez e no montante mínimo de U$ 300 milhões. O BV diz também que há novos investidores no mercado brasileiro, o que abre espaço para captações futuras
ARRANHADO. As pequenas e médias empresas do País devem chegar ao fim do ano com as contas mais atrasadas que no mesmo período de 2021. A pontualidade com os pagamentos está em cerca de 77%, contra a média de 84% no ano passado, segundo dados compilados pela gestora Empírica.
RETOMADA. Segundo o sóciodiretor de riscos da casa, Gustavo Belger, empresas que vendem em grandes shoppings virtuais têm apresentado a maior piora nos atrasos, enquanto restaurantes têm melhorado
SOBE
Após 4 meses, gasolina e etanol voltam a ter alta
Após quatro meses de quedas consecutivas nos postos, o preço médio do litro da gasolina subiu 1,19% nas primeiras semanas de novembro em relação a outubro e fechou o período de pré-feriado em R$ 5,30. Já etanol ficou em R$ 4,25, com alta de 0,98% em relação ao mês anterior, segundo o levantamento da Ticket Log
DESCE Exportação de sucata ferrosa cai quase 60% As exportações de sucata ferrosa, insumo usado na composição de aço, caíram quase 60% em outubro em comparação com igual mês de 2021, para 21.882 toneladas, segundo a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia. O recuo é reflexo da crise de energia na Europa, provocada pela guerra da Ucrânia, que paralisou usinas e portos

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