Taxa de analfabetismo de indigenas caino Paraná

Redução foi de 17,95% no censo de 2010 para 11,85% no levantamento de 2022

FOLHA DE LONDRINA (PR) | GERAL | 08/10/2024
Curitiba - À taxa de analfabetismo entre pessoas indigenas caiu nos últimos anos mo Paraná. De acordo com os dados do Censo divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE) nesta sexta-feira (4), a proporção de indígenas que não sabiam ler e escrever no Estado em 2022 era de 11,85%, cinco pontos percentuais a menos do que 0 registrado em 2010, quando o indice era de 17,05%. Em números gerais, conslderando as pessoas de todas as einias, o Paraná registrou no Censo de 2022 uma taxa de analfabetismo de 4,3%, a sexta mais baixa do Brasil. Em números absolutos, a pesquisa apontou que em 2022 o Paraná tinha 19.848 indigenas alfabetizados e 2.669 indigenas não alfabetizados. Em 2010, eram 15.451 pessoas indigenas alfabetizadas e 3.177 não alfabetizadas. Os números do IBGE para este levantamento consideram apenas pessoas com 15 anos ou mais. A população indígena representa 0,27% de todos os habitantes do Paraná. Somando as pessoas de todas as idades, são 30.460 indígenas autodeciarados no Estado. Com isso, o Paraná tem a 14º maior população indigena do Brasil. O Paraná também segue com índices de alfabetização melhores do que a média nacional. Em todo o Brasil, a taxa de analfabetismo de indigenas em 2022 era de 15,05%, segundo o IBGE, Em 2010, a média nacional era de 23,39%. Os indices de analfabetismo indigena variam bastante de acordo com a faixa etária. Quanto mais jovem o públi. co, menor é o índice. Entre os indigenas de 15 a 19 anos, por exemplo, a taxa de analfabetsmo no Paraná é de apenas 1,73%. Entre as pessoas que tém de 20 a 24 anos, o índice é de 2,52%, e entre o público de 25 à 34 anos, à proporção é de 4,18%, Para os indígenas com 35 anos ou mais, a taxa é de 19,71%. Os índices paranaenses estão abaixo da média nacional em todas as faixas etárias. No Brasil, a proporção de indipenas que não sabem ler e escrever de 15 a 19 anos é de 5,53%. Entre as pessoas indígenas de 20 a 24 anos é de 5,52%, e de 25 a 34 anos é de 6,71%. Entre as pessoas com 35 anos ou mais, à proporção nacional é de 23,07%, Ds números registrados, principalmente entre 0s mais jovens, mostram o impacto da estrutura de educação do Éstado, A rede estadual de ensino do Paraná conta com 40 escolas indígenas, inscritas em suas terras e culturas, contemplando mais de 5 mil estudantes das etnias Kaingang, Guarani, Xokleng e Xetá. Essas instituições de ensino são atendidas por mais de 370 professores e têm normas, pedagogia e funcionamento próprios, respeitando a especificidade émico-cultural de cada povo, Os estudantes têm direito a ensino intercultural e bilíngue (aulas da língua indigea e português) desde o início de sua jornada, visando à valorização da diversidade. O Censo ainda mostra que os índices mudam de acordo com a localização dos domicílios dos indigenas. Para aqueles indigenas paranaenses que residem fora das terras demarcadas, a taxa de analfabetismo era de 12,46%. já dentro das terras indígenas, o Índice era de 25,45%. Em todo o Brasil, o analfabetismo de indígenas fora das áreas demarcadas era de 14,5% e dentro delas era de 32,30%. Segundo o Censo, 13.893 pessoas moram em terras de demarcação no Paraná e 15.573 moram fora de regiões demarcadas. À maior área de demarcação é a região do Rio das Cobras, na região Centro-Sul do Estado, com 3.102 pessoas. (Agência Estadual de Notícias)

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