Em Curitiba, está sendo construída a maior fábrica de "Wolbachia" do mundo, uma iniciativa do governo do estado, Fiocruz e Ministério da Saúde. A "Wolbachia" é uma bactéria inserida em mosquitos Aedes aegypti para impedir o desenvolvimento de vírus como o da dengue dentro destes insetos. A fábrica, localizada na Cidade Industrial de Curitiba, tem previsão de inauguração no início do próximo ano e faz parte de um método que já é aplicado há dez anos em várias partes do mundo. Este projeto visa beneficiar mais de setenta milhões de brasileiros nos próximos anos, incluindo ações em cidades como Londrina e Foz do Iguaçu, no Paraná, onde já foram inauguradas duas biofábricas.
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, por meio da Coordenadoria Estadual de Vigilância Ambiental, divulgou um novo boletim epidemiológico da dengue, registrando mais 203 casos na última semana, sem mortes. Desde o início do novo período epidemiológico, o Paraná já contabilizou mais de 26.400 notificações e 3.140 confirmações da doença. A maior incidência de casos foi registrada na 17ª Regional de Saúde de Londrina, seguida pela 15ª Regional de Saúde de Maringá e pela 1ª Regional de Saúde, que inclui Curitiba e região metropolitana.
Este aumento de casos de dengue no estado reforça a importância da nova fábrica, que produzirá mosquitos Aedes aegypti contaminados com a bactéria "Wolbachia", conhecidos como "Wolbitos". Esses mosquitos, ao serem liberados no ambiente, ajudam a combater a transmissão da dengue e outras doenças transmitidas pelo mesmo vetor, como a febre Chikungunya e o vírus Zika. A iniciativa representa um avanço significativo na luta contra essas doenças, prometendo impactar positivamente a saúde pública em todo o país.