O proprietário do Pinheirão, em Curitiba, recebeu a notificação de desapropriação da área, com base em um decreto assinado pelo governador Ratinho Júnior, que declara o espaço de utilidade pública. O estado planeja construir um centro de convenções com complexo hoteleiro, em parceria com a iniciativa privada, utilizando o modelo de parceria público-privada. A desapropriação foi avaliada pela Procuradoria Geral do Estado em sessenta e cinco milhões de reais, com possibilidade de pagamento em parcela única ou parcelado. O proprietário, anteriormente, havia avaliado o terreno em um valor significativamente maior.

O governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado do Planejamento e do Paraná Projeto, já trabalha no pré-projeto para a construção do complexo. A intenção é investir inicialmente na compra do terreno, com um investimento estimado para a construção do complexo de um bilhão de reais, incluindo verba privada. O projeto visa atrair shows internacionais e nacionais de grande porte, além de eventos corporativos e convenções.

A discussão sobre o valor da desapropriação gira em torno da discrepância entre o valor pago pelo proprietário há anos e a avaliação atual do terreno pelo estado. O proprietário, que adquiriu o terreno em um leilão, argumenta que o valor do metro quadrado não pode ser o mesmo após doze anos, sugerindo que o terreno vale mais do que a oferta do estado.

Paralelamente, o financiamento para a compra do terreno viria da verba de privatização da Copel, o que gerou discussões sobre a utilização desses recursos. A necessidade de um grande centro de convenções é reconhecida, mas a fonte do financiamento para a aquisição do terreno é questionada, especialmente a utilização do dinheiro da Copel para esse fim.