Sheila Pessoa visitou a construção da que será a maior fábrica de Wolbachia do mundo, localizada em Curitiba. A Wolbachia é uma bactéria que, quando inserida no mosquito Aedes aegypti, impede a transmissão de vírus como o da dengue. A fábrica, com 35% da construção já concluída, tem previsão de inauguração para o primeiro semestre de 2025 e produzirá cerca de 70 milhões de ovos de mosquitos modificados para combater a dengue.
Durante uma coletiva de imprensa, Ivana Belmonte, coordenadora da vigilância ambiental da Secretaria de Saúde do Paraná, destacou a importância da fábrica e os resultados promissores observados em Londrina e Foz do Iguaçu, cidades que já implementaram o método Wolbachia. Lívia Vinhal, do Ministério da Saúde, ressaltou a necessidade de a comunidade entender o processo, garantindo que os mosquitos liberados não transmitirão doenças.
Luciano Moreira, líder do método Wolbachia no Brasil, explicou que o projeto começou pequeno e cresceu com financiamento do Ministério da Saúde, protegendo mais de três milhões de habitantes em 75 cidades. Em julho, duas biofábricas foram inauguradas em Londrina e Foz do Iguaçu, com a liberação de 20 milhões de mosquitos Wolbachia, mostrando resultados positivos na luta contra a dengue.
A expectativa é que a nova fábrica em Curitiba amplie significativamente a capacidade de produção de mosquitos com Wolbachia, contribuindo para a redução dos casos de dengue no Paraná e em outras regiões do Brasil.