Curitiba está prestes a receber a maior fábrica de mosquitos contra a dengue do mundo, um projeto que conta com a colaboração do Ministério da Saúde, Fiocruz e da Secretaria de Saúde do Paraná. Este empreendimento visa comemorar uma década de sucesso de um método inovador de controle da doença, que já foi implementado com êxito em Foz do Iguaçu e Londrina, duas cidades paranaenses. A expectativa é que, nos próximos anos, o investimento na fábrica beneficie mais de setenta milhões de brasileiros.

O método consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti portadores de uma bactéria que bloqueia o desenvolvimento do vírus da dengue, impedindo assim a transmissão da doença. O Paraná, orgulhoso por sediar a fábrica, vê nela um resultado promissor após anos de esforços para controlar a população de mosquitos. Desde 2019, áreas com alta e persistente transmissão de dengue têm recebido esses mosquitos modificados, o que tem resultado na redução gradativa da transmissão.

A nova fábrica terá a capacidade de produzir cem milhões de ovos de mosquitos por semana, um volume seis a dezoito vezes maior do que a produção atual no Brasil. Com isso, espera-se proteger cerca de setenta milhões de brasileiros nos próximos cinco anos, expandindo a proteção contra a dengue para mais regiões do país. Este esforço conjunto entre a Fiocruz, o Ministério da Saúde e outros parceiros destaca o compromisso com a ciência no combate ao mosquito da dengue.