Especialistas renomados discutiram como as políticas dos Estados Unidos durante o governo Trump vão afetar as indústrias do nosso estado.

Quais serão os impactos positivos e negativos a partir de 2025? O que esses especialistas de diferentes áreas buscam é compreender como as políticas dos Estados Unidos poderão impactar cadeias produtivas e setores inteiros. É claro que os Estados Unidos se tornaram um mercado cada vez mais relevante para o Paraná.

Embora, se compararmos a composição monetária do mercado paranaense, brasileiro e norte-americano, o Paraná possa parecer um mercado de menor expressão, o mercado dos Estados Unidos é imenso. O país é um consumidor de alto poder aquisitivo.

E não é só o Paraná, nem apenas o Brasil. O mundo inteiro reconhece que o mercado norte-americano é muito promissor. O futuro presidente dos Estados Unidos já sinalizou que pretende adotar uma agenda econômica conservadora e protecionista.

Diante dessa perspectiva, especialistas se reuniram para avaliar quais poderão ser as consequências para o Estado, principalmente no que se refere às exportações do Paraná, que incluem bens da indústria de transformação, com alto valor agregado, tecnologia de média e alta intensidade, além de geração de empregos e renda essenciais para a economia estadual. Esse timing é crucial.

Logo após as eleições nos Estados Unidos, ainda na preparação do próximo governo, é urgente que se busque se adaptar rapidamente às mudanças que se aproximam. Para o economista, diplomata e ex-presidente do Banco dos BRICS, o cenário pós-eleição nos Estados Unidos pode representar tanto riscos quanto oportunidades.

"Entendo que, nesse contexto de grande disputa comercial entre os Estados Unidos e a China, uma das maneiras de retaliação dos chineses seria aumentar a compra de bens da agroindústria de outros países", afirmou o especialista. "Nessa situação, o Brasil tem uma grande oportunidade. Com os Estados Unidos comprando menos da China, há mais espaço para o Brasil aumentar sua participação nas importações norte-americanas, principalmente no setor industrial."

O evento contou ainda com transmissão e cobertura especial da Jovem Pan News e do Grupo RIC.

Os Estados Unidos são o maior parceiro comercial da indústria brasileira e, consequentemente, do Paraná. Temos uma pauta comercial de produtos de alto valor agregado, e acreditamos que, com o novo governo dos Estados Unidos, muitas oportunidades surgirão para esses produtos no mercado norte-americano.


Entrevistado:
Edson Vasconcelos, presidente da FIEP