O grupo EPR venceu o leilão pelo Lote 6 das rodovias do Paraná realizado nesta quinta-feira (19) pela Bolsa de Valores de São Paulo, a B3. O contrato é de 30 anos.
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O grupo foi o único concorrente do leilão e apresentou como proposta o desconto mínimo de 0,08%. A redução representa uma diferença de apenas alguns centavos na tarifa base.
O lote arrematado nesta quinta é o maior do novo modelo de pedágio e abrange 662 quilômetros de rodovias federais e estaduais, que passam por 25 cidades do Paraná. São elas: BR-163, BR-277, e PR-158, PR-180, PR-182, PR- 280 e PR-483.
Ele abrange nove praças de cobrança, sendo três novas e seis já existentes.
As rodovias concedidas no lote são consideradas estratégicas, uma vez que formam um corredor que liga a fronteira do Brasil com Paraguai e Argentina, no oeste do estado, ao Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná.
A região concentra cooperativas que usam as estradas para escoar a safra, especialmente de grãos.
A EPR administra atualmente o Lote 2 das rodovias do estado, que abrange o Norte Pioneiro, Campos Gerais e Curitiba. Com mais de 600 quilômetros, estão BR-153, BR-277, BR-369, PR-092, PR-151, PR-239, PR-407, PR-408, PR-411, PR-508, PR-804 e PR-855. Nele, as tarifas dos pedágios estão ativas desde março deste ano.
A expectativa é que a concessionária assuma as rodovias do Lote 6 em julho de 2025. Até lá, as estradas continuam sob responsabilidade do poder público.
Projeção de tarifa
A RPC, junto com a
Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), fez uma projeção das novas tarifas, que devem começar a ser cobradas na metade de 2025.
Para a projeção, foi considerado o desconto dado no leilão, de 0,08%, e a projeção da inflação de 9% entre abril de 2023 – quando foram estabelecidas as tarifas do leilão, até junho de 2025.
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Obras previstas
O contrato de concessão do Lote 6 prevê o investimento de R$ 12 bilhões em obras. Entre elas, 462 quilômetros de duplicações, que engloba todos os 321 quilômetros da BR-277 que atualmente são de pista simples.
Também estão previstos novos contornos, como em Marmeleiro, no oeste do Paraná, com 7 quilômetros de extensão.
O contrato prevê que as obras fiquem prontas até o sétimo ano de concessão.
No total, os investimentos deverão abranger a implantação de 31 quilômetros de faixas adicionais, 87 quilômetros de vias marginais e 13 quilômetros de contornos.
Também estão previstas a construção de 38 passarelas, 14 passagens de fauna, três Pontos de Parada e Descanso (PPDs) e 21 quilômetros de iluminação na Serra.
Cidades atendidas pelo trecho
Confira quais são as cidades atendidas pelo Lote 6 da concessão de rodovias do Paraná.
AmpéreCampo BonitoCandóiCantagaloCapitão Leônidas MarquesCascavelCatanduvasCéu AzulDiamante do SulFoz do IguaçuFrancisco BeltrãoGuaraniaçuGuarapuavaIbemaLaranjeiras do SulManfrinópolisMedianeiraNova LaranjeirasPato BrancoRealezaRenascençaSanta LúciaSão Miguel do IguaçuVirmondVitorino
Situação dos outros lotes
Para a concessão do Sistema Integrado de Rodovias do Paraná, o estado foi dividido em seis lotes, com rodovias estaduais e federais. Cada lote é leiloado separadamente.
A responsável pelo lote 1 é a Via Araucária, com a concessão de 473 quilômetros. Nos pacotes estão trechos da BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-418, PR-423 e PR-427, localizadas nas regiões central, Campos Gerais e Curitiba. As tarifas dos pedágios estão ativas desde março deste ano.
Já o lote 2, no Norte Pioneiro, Campos Gerais e Curitiba, está sob responsabilidade do grupo EPR Litoral Pioneiro. Com mais de 600 quilômetros, estão BR-153, BR-277, BR-369, PR-092, PR-151, PR-239, PR-407, PR-408, PR-411, PR-508, PR-804 e PR-855. Assim como o primeiro, as tarifas são cobradas desde março.
O lote 3 foi leiloado no último dia 12 de dezembro. A empresa vencedora foi a CCR S/A. O desconto para a tarifa básica de pedágio ofertado pela empresa foi de 26,6%. Quatro rodovias estaduais e três federais que passam por 22 cidades do estado ficarão sob administração da empresa que deve assumir as rodovias em 2025.
Os lotes 4 e 5 estão sob análise do Tribunal de Contas da União (TCU) e devem ir a leilão em 2025.
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