PPara quem já estava achando caro o preço do pedágio no Lote 6, nes- ta sexta-feira (20), saiba que a situação piorou. Conforme um levantamento da Federação das Indústrias, a FIEP, os preços devem aumentar em relação a tarifa base máxima antes mesmo da assinatura de contrato e da implantação das praças na região. Esse aumento acontece devido a projeção da inflação acumulada no período de abril de 2023, quando houve a defi nição das tarifas do leilão, até o mês de junho de 2025. Conforme o levantamento, todas as praças devem ter um aumento acima de R$ 1 considerando a tarifa base máxima. Nas praças na BR-277 os preços são os seguintes: em São Miguel do Iguaçu, o valor que era de R$ 15,75 passa a ser de R$ 17,14; em Céu Azul, o preço vai de R$ 13,71 para R$ 14,93; na praça de Cascavel a cobrança vai de R$ 13,65 para R$ 14,96; em Candói o preço vai de R$ 14,53 para R$ 15,82 e em Prudentópolis, a tarifa vai de R$ 15,09 para R$ 16,43. Já nas praças nas demais rodovias do lote, os preços fi caram da seguinte forma: em Lindoeste o valor foi de R$ 16,77 para R$ 18,26. Na praça de Ampére, o valor vai de R$ 12,12 para R$ 13,20 e em Pato Branco, o valor foi de R$ 9,94 para R$ 10,82 A FIEP, em nota encaminhada a imprensa, expressou preocupação a falta de concorrência no resultado do leilão, que manteve as altas tarifas na região. A tendência é de que esse Lote tenha as maiores tarifas no geral em relação aos demais. Conforme a nota encaminhada pela Federação das Indústrias, o desconto de 0,08% contrasta muito com o desconto de 26,6% conquistado no Lote 3. Nos três primeiros lotes leiloados, o custo médio das praças fi cou em R$ 10,00, nos lotes 1 e 3, e R$ 11,00 no lote 2. Já no Lote 6, preço mé- dio segue na casa dos R$ 17,00. “Essa disparidade de quase 70% traz desafi os consideráveis para a competitividade industrial, especialmente para regiões mais distantes do Porto de Paranaguá, um fator crucial para exportadores e indústrias locais. A Fiep reforça a necessidade de assegurar a execução das obras previstas no contrato e de buscar alternativas para reduzir o impacto dessa diferença tarifária nas diversas regiões do estado, considerando o papel estratégico da infraestrutura para o desenvolvimento econômico do Paraná”, diz a nota. O Presidente da FIEP, em conteúdo enviado a Gazeta do Paraná, afi rmou que os rumos que foram tomados no Lote 3, com a participação de apenas uma empresa no leilão, são decepcionantes e frustrantes. “A Federação das Indústrias vê com um pouco de decepção e até frustração a falta de concorrência comparativa ao Lote 3. Na verdade, gera essa frustração ainda mais percebendo que o Lote 3 conseguiu 26,6% de desconto na sua tarifa base de licitação, e aqui no Lote 6, nós acabamos tendo só 0,08% de desconto”, diz o presidente da FIEP, Edson Vasconcellos, em comunicado enviado à imprensa. Ainda conforme Edson, a tarifa teto da pista simples do Lote 6, já estava 20% acima da média dos lotes 1, 2 e 3, estando em mé- dia com R$ 17,00, enquanto nos demais lotes, o ponto de partida era em média na casa dos R$ 14,00. “Se você pegar o lote 3, ele saiu na casa dos 14 reais a cada 100 quilômetros com relação a tarifa base de pista simples, enquanto o lote 6 saiu com R$ 17,00 acada 100 Km. Agora depois do leilão isso se agravou. Porque do mesmo tendo 26,6% de desconto, a tarifa base de pista simples do Lote 3 caiu para casa dos R$ 10,00 e o lote 6 continuou na casa dos R$ 17,00. Há uma disparidade Regional quando a gente fala do custo rodado por pista simples e por pista dupla consequentemente, porque ela cresce o seu valor de forma proporcional. Lote 1, Lote 2 e Lote 3, todos eles na faixa dos 10, 11 reais a cada 100 Km e o lote 6 na casa dos R$ 17,00. Isso traz mais ou menos 65% de diferença do custo do quilômetro rodado, e isso é um problema”, explica. Ainda segundo Vasconcellos, a comunidade junto do governo do Paraná, dos deputados e do Governo Federal, tem de encontrar formas para minimizar esse impacto tarifário. “Nós acreditamos que há de ter uma refl exão sobre como minimizar esse impacto. Acreditamos que talvez, ao longo da concessão, tanto o governo estadual, quanto o governo federal e os deputados, vão ter que tentar achar caminhos para poder fazer em algumas obras, colocarem recursos para fazer algumas obras, para poder descarregar um pouco a tarifa do Lote 6, tendo assim um equilíbrio Regional, porque senão teremos aí um problema dentro do estado com uma disparidade, inclusive prejudicando a intenção de algumas empresas a indústria que estiver nessa região automaticamente ela vai estar sendo prejudicada, principalmente quando nós falamos de corredores de exportação”, destacou Vasconcellos. Vale destacar, que há possibilidade ainda de acréscimo nesses valores com a realização de obras pela empresa que assumiu a concessão. No cronograma, é previsto que em nove anos todas as obras estejam em realização. Basta saber se as empresas realmente seguirão isso à risca.