Homero Marchese fala sobre os contratos de pedágio no estado

COLMÉIA (CASCAVEL) (PR) | NOTÍCIAS | 12/03/2025



Homero Marchese, membro do Observatório dos Pedágios da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), discutiu sobre os contratos de pedágio no Paraná. Ele mencionou que seis contratos estão em jogo, com dois já licitados e cobrando pedágio na região de Curitiba, Litoral Norte e Pioneiro, e até a metade da rota de Curitiba a Cascavel. Outros dois foram licitados no ano anterior, mas ainda não estão assinados, incluindo o lote que envolve a região de Cascavel. Além disso, dois contratos estão previstos para serem licitados em 2025.

Marchese apontou mudanças nos contratos que beneficiam as concessionárias, permitindo-lhes cobrar tarifas mesmo em caso de atraso nas obras, através de um mecanismo chamado degrau tarifário. Isso permite um aumento de até 40% na tarifa após a conclusão de duplicações, com algumas limitações.

O lote seis, que inclui mais de 400 quilômetros de duplicação, é destacado por ter o maior número de obras. Durante a licitação deste lote, houve pouca concorrência, resultando em um desconto mínimo e uma tarifa pouco reduzida.

O Observatório dos Pedágios, segundo Marchese, terá um papel crucial no acompanhamento desses contratos, que têm duração de 30 anos. Ele mencionou a importância da vigilância contínua para garantir que os investimentos sejam bem aplicados e evitar gastos excessivos como no passado. A população pode contribuir com esse controle por meio de um site que permitirá o acompanhamento das obras e a fiscalização das atividades das concessionárias.

A região de Cascavel e o Sudoeste do Paraná foram destacados por sua histórica participação na fiscalização dos contratos de pedágio, motivados pela predominância de pistas simples na região e pelo desejo de garantir investimentos adequados.

A discussão também abordou a preocupação com a falta de concorrência nas licitações e o impacto disso nos custos para os usuários. A necessidade de uma fiscalização efetiva por parte do Observatório da Fiep e a participação ativa da sociedade e dos deputados foram enfatizadas como essenciais para defender os interesses dos usuários e garantir a execução adequada dos contratos.

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