No Paraná, a constante falta de energia tem causado grandes prejuízos tanto para produtores rurais quanto para empresários urbanos, afetando diretamente a produção e o funcionamento de empresas. Rúbia, uma produtora no município de Salina, relata que as oscilações e baixas tensões são particularmente prejudiciais, forçando-os a depender de geradores. A Associação de Avicultores, preocupada com o impacto na produção de aves, tem buscado soluções junto à Copel, mas sem sucesso até o momento. Em Palotina, a situação é semelhante, com o Sindicato Rural lutando pelos interesses dos produtores, que veem suas receitas diminuírem devido ao custo adicional com óleo diesel para os geradores.

A Assembleia Legislativa do Paraná e a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) estão cientes do problema. A Fiep aponta que o crescimento do estado não foi acompanhado pela expansão das redes de energia, e enfatiza a importância dos investimentos da Copel no Paraná. A Copel reconhece que cerca de 50% das interrupções são causadas por vegetação próxima às redes elétricas e está trabalhando em parceria com municípios para gerenciar a poda urbana. Além disso, orienta os produtores sobre o uso eficaz de geradores durante quedas de energia. Contudo, a demanda da população é por uma solução definitiva que garanta a estabilidade no fornecimento de energia, essencial para a continuidade de suas atividades e sustento.