Produção industrial teve crescimento de 0,7% em janeiro
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| JORNAL DA MANHÃ
| 21/03/2025
A produção industrial do Paraná registrou um crescimento de 0,7% em janeiro, comparado ao mesmo mês do ano anterior, ficando abaixo da média nacional de 1,4%, conforme dados do IBGE. A Federação das Indústrias do Paraná(Fiep) observou que o ritmo de produção industrial vem desacelerando, com o crescimento acumulado do setor no estado caindo de 4,2% em dezembro para 3,9% em janeiro, refletindo uma tendência nacional de desaceleração. O economista da Fiep, Evânio Felipe, apontou o comportamento da taxa de juros e a trajetória da taxa de câmbio como principais fatores que influenciaram negativamente a produção industrial em janeiro, destacando o impacto da alta da taxa de câmbio, que superou 6 BRL por dólar, e do aumento da Selic para 13,25% ao ano, encarecendo os custos de produção e investimentos.
Entre os estados mais industrializados, o Paraná teve a maior alta, superando São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O crescimento da indústria paranaense foi impulsionado por setores como minerais não metálicos, automotivo, máquinas e equipamentos, móveis, produtos de metal e papel e celulose. Por outro lado, setores como máquinas, aparelhos e materiais elétricos, borracha e material plástico, petróleo, madeira e bebidas apresentaram retração.
A economia do Paraná tem mostrado resiliência diante dos desafios nacionais, com expectativas de crescimento atreladas ao aumento dos níveis de emprego e controle da inflação. No entanto, a alta taxa de juros e as preocupações com o mercado internacional, especialmente com a taxação de produtos estratégicos para o Paraná, como a madeira, representam desafios para o setor industrial nos próximos meses. A responsabilidade pela alta taxa de juros foi atribuída ao ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, embora a decisão sobre a taxa de juros seja tomada pelo Comitê de Política Monetária, que inclui membros indicados pelo presidente Lula. Entrevistado: Evanio Felipe, economista da Fiep.