Municípios
Entenda como o Oeste perdeu duas obras logísticas importantes, está prestes a perder uma terceira, e por que Cascavel como cidade polo é o município que mais sente os impactos
Facebook WhatsApp
Edson Vasconcelos no Pitocast: “Não podemos esperar para a semana que vem para ver como fica, não temos esse tempo” Fotos: Renata Del Ré
A
Fiep está desenvolvendo uma ferramenta para evitar novas surpresas no conturbado histórico de concessões de rodovias no
Paraná.
É o Observatório das Concessões, que irá georeferenciar todas as obras do contrato, acompanhar o cronograma de execução, colocando lupas nas atas, aditivos ou qualquer movimentação suspeita.
O detalhamento da iniciativa foi divulgado na entrevista concedida pelo presidente da entidade, Edson José de Vasconcelos, no Pitocast, o podcast do Pitoco, gravado no último dia 7 de março.
A ausência de uma ferramenta desta natureza, disponibilizada em tempo real para imprensa e para a sociedade, permitiu duas “tungas” históricas, com severas consequências para o Oeste do
Paraná.
Uma delas aconteceu em 29 de julho de 2004, no governo Requião, quando o Palácio Iguaçu assinou aditivo desobrigando a então concessionária EcoCataratas de concluir a duplicação da BR 277 entre Foz do Iguaçu e Cascavel. A outra é mais recente, no dia da Proclamação da República, em 2015, a duplicação da rodovia 369 entre Cascavel e Campo Mourão “anoiteceu no contrato”, mas amanheceu em outra região, no Norte do
Paraná,
base eleitoral do então governador Beto Richa.
“Perdemos a duplicação da 369 de Cascavel a Campo Mourão no dia 15 de novembro de 2015. A obra foi para Nova Londrina e Paranavai. Esse fato, somado à perda da conclusão da duplicação para Foz do Iguaçu, tem um efeito de isolamento cultural e econômico.”
Agora, embora fora do escopo das concessões, Cascavel pode perder mais uma obra essencial, a sequência do anel rodoviário, caso suas lideranças batam cabeças ou sejam devoradas pela inação.
O Observatório das Concessões terá o desafio de previver “surpresas”, e será uma pedra
no sapato dos ligeiros, que já aprontaram na concessão atual, conforme descreve na entrevista concedida por Vasconcelos ao Pitocast, conforme segue:
Pitoco - O Observatório das Concessões passou a operar mais estruturado recentemente, porém desde os primeiros leilões já flagrou anomalias
Edson Vasconcelos - Sim, a falta de acompanhamento já cobrou um preço perceptível. Os lotes 1 e 2 das concessões já apresentam mudanças sobre o que foi dito nas audiências públicas. Tiraram a conectividade por wi-fi, simplesmente o ítem sumiu do contrato, e também passaram a cobrar o pedágio antes de concluir as obras preliminares, antecipando uma receita de quase meio bilhão de reais.
Que outros instrumentos a sociedade dispõe para acompanhar as concessões?
O
Paraná é hoje o estado mais maduro para discutir esse tema, temos um contrato robusto que prevê comissões tripartites em que a sociedade civil está representada. O dilema são os interesses políticos e eleitorais que vão por a prova o sistema.
E como esses interesses podem ser fomentados?
Na troca de governo, por exemplo, natural que um novo governante diga: esse cardápio de obras do contrato foi escolhido por um outro gestor, quero contemplar meus compromissos aqui, vou pressionar a concessionária.
E como resolve isso?
A comunidade precisa acompanhar, ocupar seu lugar de forma qualificada na comissão
tripartite. Haverá sim espaço, janelas de oportunidade para adequações no contrato, isso está previsto. Mas é preciso atentar para que sejam tecnicamente viáveis, não por interesse empresarial, do mercado imobiliário ou do “mercado” do voto.
É importante que a sede da EPR, a nova concessionária aqui da região esteja em
Cascavel?
Pouco influencia se a sede está aqui, tem que entender que o relacionamento com as concessionárias tem um linha de corte, que se chama contrato. Nada que vá pedir lá e que esteja fora do contrato, ela vai dar. Não adianta dizer “me faz mais uma obrinha aqui que tá morrendo gente”. Ela não vai dar.
Por falta de transparência e acompanhamento perdemos a duplicação da 277
e da 369
Perdemos a duplicação da 369 de Cascavel a Campo Mourão no dia 15 de novembro de 2015. A obra foi mudada para Nova Londrina e Paranavai. Essa perda e a da
conclusão da duplicação para Foz do Iguaçu tem um efeito econômico de isolamento cultural e econômico.
Como assim?
Um pai põe a família no carro para um passeio ou para contratar um produto ou serviço em uma cidade polo. Ele está em Campo Mourão. Olha para as rodovias, percebe que até Maringá está duplicado. Para Cascavel, quase a mesma distância, pista simples. Ele vai
para Maringá.
“Tiraram a conectividade por wi-fi, simplesmente o item sumiu do contrato, e também passaram a cobrar o pedágio antes de concluir as obras preliminares, antecipando uma receita de quase meio bilhão de reais.”
Consequências?
Quebra uma cultura, os filhos que estão no carro criam vínculos com o Norte do
Paraná, nunca virão para Cascavel, não estabelecem vínculo afetivo conosco. O mesmo exemplo serve para o morador de Medianeira para escolher entre Foz e Cascavel, consequências econômicas na veia.
Contorno Norte ou Sul?
Talvez ambos. É possível pacificar o tema, não há concorrência entre os trechos. Há
uma lógica temporal de cada um deles, precisamos entender os fluxos para um planejamento de longo prazo. O arco norte oferece saídas para Toledo, Tupassi, Maringá, ao passo que o Sul liga com o Rio Iguaçu, área sensível, com baixa taxa de ocupação no plano diretor em razão se concentrar nossa bacia hídrica ali e pelo relevo.
“Ninguém tá lutando contra o contorno Sul. A logística não permite equívoco: não se faz um trem onde não tem carga, não pode fazer contorno onde não tem fluxo. A partir de critérios objetivos ajustase na linha do tempo o que sai primeiro.”
Não é o caso para uma disputa paralisante entre nortistas e sulistas?
De forma nenhuma, em uma linha de tempo planejada a médio e longo prazo encaixa-se perfeitamente o Contorno Sul. É encontrar seu lugar no tempo.
Que fazer ao Sul?
As obras previstas no escopo da concessionária da rodovia, prevendo duplicar o perímetro urbano da 277 na região Sul, podem oferecer ali uma grande avenida com transposição em nível, semaforizada, eliminando a secção que hoje se observa naquela região.
Sem guerra então?
Ninguém tá lutando contra o contorno Sul. A logística não permite equívoco: não se faz um trem onde não tem carga, não pode fazer contorno onde não
tem fluxo. A partir de critérios objetivos ajusta-se na linha do tempo o que sai primeiro.
É preciso ter clareza de combinar o jogo para não perder os recursos do governo do
Estado.
A bola está com quem agora?
Está com o prefeito Renato Silva. Ele tem que liderar esse processo. A prefeitura recebeu informações técnicas que iluminam o tema. O prefeito é o mandatário. É focar em executar o projeto e levá-lo em caravana para o governador, como fizeram outras regiões e foram atendidas. Não podemos esperar para a semana que vem para ver como fica, não temos esse tempo.
Por Jairo Eduardo. Ele é jornalista, editor do Pitoco e assina essa coluna semanalmente no Jornal O Presente
[email protected]
Facebook WhatsApp
Relacionados:municípios
Não perca
“Vamos romper a barreira do cinquentão”, diz empresário que lançou o maior edifício de Cascavel
Publicidade
Municípios
Fernando, da FD Empreendimentos, no Pitocast, o podcast do Pitoco: projeto original do Miami previa 60 pavimentos
João Luiz Félix? Jadir Saraiva de Rezende? Sergio Casarotto? Luciano Dallo? Não, o nome do empreendedor que lançou o maior prédio da cidade é Fernando Dal Evedove, mais conhecido até então pelo curvilíneo Istambul em construção na rua Londrina.
Diretor da FD Empreendimentos, Fernando vem da nova geração de players do mercado imobiliário local, segmento dinâmico, capaz de construir e destruir reputações quase na mesma proporção, dado o elevado nível de competição.
Fernando Dal Evedove participou do Pitocast, o podcast do Pitoco, no último dia 7, gravado no estúdio da Castilhos Coworking. Na entrevista, reproduzida a seguir, o empresário disse que o Miami seria ainda maior, mas como a cidade “engoliu” o aeroporto, a Anacestabelece rígidas restrições na altura dos edifícios.
Pitoco - De onde vem a inspiração do Miami?
Fernando Dal Evedove - É uma mescla de referências, que passa pelo litoral de Santa Catarina e por Miami, na Flórida. Trata-se de uma fachada marcante com iluminação em led, edifício que irá referenciar a noite de Cascavel já que poderá ser observado a quilômetros de distância dos mais diversos pontos da cidade.
Como foi a prosa com o Pedro Muffato, dono do terreno e da mansão que foi ao chão?
Conversa muito franca e prática. Manifestei o interesse pelo imóvel e ele disse: “Me faça uma proposta”. Fiz e chegamos até aqui.
Vivemos a era da ansiedade, as pessoas estão impacientes até com a velocidade do elevador, e algumas terão que viajar mais de 40 andares
O Miami terá quatro elevadores, teto alto para transportar móveis de maior envergadura e a velocidade será de 3,5 a 3,8 metros por segundo. Isso quer dizer que o elevador se movimenta na velocidade de um pavimento por segundo. Vai do térreo ao topo em menos de um minuto.
Segurança é outro aspecto sensível, mesmo em prédio de apartamentos
Sim, um edifício também pode ser vulnerável. Dedicamos cuidados especiais nessa área.
Para ficar em um exemplo, além do acesso por reconhecimento facial e câmeras térmicas, teremos um local seguro para receber entregas como a do Ifood, em que o morador não fica exposto à rua e a qualquer outra contingência que possa colocá-lo em risco.
O Miami seria o maior edifício do
Paraná
por que não foi?
De fato, o projeto inicialmente enviado para aprovação previa 60 pavimentos. Esbarrou no aeroporto. Os técnicos da Prefeitura apontaram o veto da Agencia Nacional de Aviação Civil.
Isso frustou você?
Estou muito feliz com o Miami. 48 horas após o lança mento já tinhamos um grande resultado em vendas, devemos fechar as próximas semanas com 70% comercializado. Mas é preciso rever essas vedações, que se permita edificações mais altas em determinadas regiões da cidade.
Desistiu do maior prédio? De jeito nenhum, temos outras áreas para trabalhar, projetar novos edifícios e vamos romper a barreira do cinquentão.
Por Jairo Eduardo. Ele é jornalista, editor do Pitoco e assina essa coluna semanalmente no Jornal O Presente
[email protected]
Facebook WhatsApp
Continue Lendo
Municípios
Evento chega com exclusividade a Cascavel e promete movimentar toda a região, com a presença das Diretoras da Vogue Brasil, especialistas, influenciadoras e experiências únicas para celebrar a moda e o estilo de vida
Facebook WhatsApp
Algumas das Embaixadoras do Vogue Day em reunião sobre os preparativos para o evento: Tati Mercante, Renata Acordi, Bruna Irber, Mariana Huber, Priscila Schinato, Camilla Felix e Nayara Radaelli (Foto: Maiara Coelho)
O Vogue Day, inspirado em um dos maiores eventos fashion do mundo, desembarca pela primeira vez no Oeste do
Paraná e é recebido pelo Catuaí Shopping Cascavel, no dia 03 de abril (quinta-feira). Inspirado no FNO, evento criado em 2009 pela Vogue Americana para celebrar a indústria fashion e a criatividade do setor, o Vogue Day trará uma programação intensa e completa, com talk shows, música e muita interação sobre o universo da moda.
A programação do dia iniciará em um almoço exclusivo com a team Vogue, influenciadoras e imprensa. A partir das 14h, a Diretora de Moda da Vogue, Vívian Sotocórno, e a Redatora-Chefe, Maria Laura Neves, farão tour pelas lojas para conferir e comentar as coleções - e algumas peças receberão tags que marcam as escolhas do time. Vívian é formada em Moda pela Santa Marcelina e passou pelos principais veículos de moda e luxo do Brasil, além de cobrir as semanas de modas internacionais. Maria Laura trabalhou nos principais títulos internacionais presentes no Brasil, Vogue e Marie Claire; e recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais pelas suas reportagens e entrevistas.
A partir das 16h haverá talks sobre beleza, estilo de vida e moda na Praça de Eventos do Shopping (Piso Jacarezinho, térreo) - todos são abertos ao público. Vívian (@viviansotocorno) e Maria Lara (@marialauraneves) conduzirão o talk para discutir “Estilo Pessoal: Como Definir Sua Identidade Através da Moda”. Ao longo do dia todo as lojas do Catuaí terão ações de ativação, como lançamento de coleções, coquetel, espumantes, drinks, distribuição de gifts e descontos. E para encerrar o dia, boa música com DJ. Em breve, o Shopping divulgará mais detalhes da programação. Para saber mais, acompanhe as mídias sociais @catuaishoppingcascavel, o site www.catuaishoppingcascavel.com.br ou baixar o App “Catuaí Cascavel”.
Com assessoria
Clique aqui e participe do nosso grupo de notícias no WhatsApp
Facebook WhatsApp
Continue Lendo
Municípios
Ela estava em carro com placa de Cascavel
Facebook WhatsApp
(Foto: Divulgação)
Uma jovem de 26 anos morreu em acidente na PR-317 em Formosa do Oeste, no Oeste do
Paraná, na noite de quinta-feira (27).
Segundo a PRE (Polícia Rodoviária Estadual), o Ford Fiesta com placas de Cascavel seguia na rodovia sentido Formosa do Oeste a Jesuítas, quando no quilômetro 305 capotou.
A condutora de 26 anos não resistiu aos ferimentos. O corpo foi encaminhado à Polícia Científica.
A PRE registrou o acidente.
Imagem PRE
Facebook WhatsApp
Continue Lendo
>> Link Original