Entidades debatem fim dos contratos de concessão de rodovias

O PARANÁ (PR) | GERAL | 22/09/2021
- Entidades do setor produtivo da região oeste participaram na noite de segunda-feira (20), na Acic, de um evento que debateu o término dos atuais contratos de concessão das rodovias do Paraná e abordou o novo modelo do pedágio, as obras a serem realizadas na região oeste. Durante o evento, técnicos em infraestrutura apresentaram informações técnicas sobre o assunto. O deputado estadual Homero Marchese (PROS), um dos palestrantes, falou sobre as obras remanescentes e o fim dos contratos. Marchese fez um relato detalhado das obras que ainda faltam executar. Ele afirmou que esses trabalhos, mesmo com o fim dos atuais contratos, seguirão até que sejam concluídos. Há ações na justiça que questionam quem pagará a conta, se serão as empresas ou os usuários. No Lote 3, que abrange Cascavel, especificamente, o acordo de leniência da concessionária com o Ministério Público Federal foi de R$ 400 milhões – desse total, R$ 220 milhões foram destinados à redução de tarifas, R$ 150 milhões para obras e R$ 30 milhões no pagamento de multas. As obras em execução no Lote 3 são o novo trevo Cataratas, que deverá estar pronto até novembro de 2022, além de 13 segmentos de terceiras faixas entre Cascavel e Guarapuava e trevo nas proximidades do CTG Charrua, em Foz do Iguaçu. Já o gerente de Assuntos Estratégicos da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), João Arthur Mohr, detalhou sobre as obras dos lotes 5 e 6 do novo modelo de concessão, que envolvem rodovias que cortam o oeste. Ele explicou que no primeiro e segundo anos ocorrerão o vencimento de etapas técnicas e estruturais nas PRs e BRs integradas, como recuperação da pista e a construção de praças de pedágio. A maior parte dos trabalhos ocorrerá do terceiro ao oitavo anos. As novas concessões preveem 1.783 quilômetros de duplicação (90% concluídos até o sétimo ano), 253 quilômetros de faixa adicional, 104 quilômetros de terceiras faixas e 10 contornos urbanos. De acordo com o vice-presidente da Fiep, Edson José de Vasconcelos, o encontro contribuiu para apresentar com detalhes as obras anunciadas fazendo com que a comunidade entenda melhor sobre o cronograma de execução dos trabalhos e as frentes programadas, quando elas começam e o que será priorizado. O evento permitiu também sugerir a criação de um mecanismo de acompanhamento para verificar se as novas obras ocorrerão dentro do prazo previsto em edital. Vasconcelos ainda salientou que o encontro serviu para reforçar a contrariedade das entidades do setor produtivo contra a instalação da polêmica praça de pedágio da BR-467 e a falta de esclarecimentos sobre alguns pontos do novo modelo de concessão.

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