PR é o único do Sul com alta na produção industrial em março

DIÁRIO DOS CAMPOS (PR) | GERAL | 11/05/2022
O ritmo da atividade industrial do Paraná registrou sensível crescimento de 0,6% em março na comparação com fevereiro. O indicador fi cou acima do nacional, de 0,3%, e também foi o melhor entre os três estados do Sul: Santa Catarina e Rio Grande do Sul tiveram quedas de 3,8% e 0,3%, respectivamente. Nos últimos 12 meses, o resultado é de crescimento: 5,8% entre abril de 2021 e março deste ano. Porém, quando avaliado o acumulado deste primeiro trimestre com o mesmo intervalo de 2021 a conclusão é de que a produção da indústria recuou 2,7% no Paraná. Os números foram divulgados ontem (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE). O economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Evânio Felippe, explica que a produção industrial no estado segue a tendência de queda no ritmo da economia mundial, que vem apresentando difi culdades devido a diversos fatores. “Março já é um intervalo de tempo que capta integralmente o impacto do confl ito armado entre Ucrânia e Rússia na economia global, com aumento nos custos de insumos e matérias-primas e alta do petróleo, que infl uencia em toda a logística para escoar a produção das fábricas”, justifi ca. Segundo Felippe, outro fator é o preço e o comprometimento no fornecimento de adubos e fertilizantes utilizados principalmente na indústria alimentícia, que representa de 30% a 33% do PIB industrial do Paraná. “Os países em confl ito são importantes fornecedores destes insumos e qualquer variação no custo destes itens impacta diretamente na atividade produtiva de alimentos aqui no estado”, detalha. Se a produção fi ca mais cara, toda a cadeia é afetada porque o Paraná não exporta apenas comodities de soja e milho, por exemplo. Há um processo minimamente industrial envolvido para vender derivados destes produtos como ração e óleo de soja e milho para fora. Esse processo fi ca comprometido com a variação nos custos de produção”, complementa. SEGMENTOS INDUSTRIAIS Das 13 atividades avaliadas pelo IBGE, nove estão com desempenho negativo este ano no Paraná. Somente bebidas, com crescimento de 33,5%, máquinas e equipamentos (6,6%), celulose e papel (3,2%) e automotivo (1,5%) podem comemorar. Os piores no ranking deste primeiro trimestre foram moveleiro (-26,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-26,3%), fabricação de produtos de metal (-10,3%), borracha e material plástico (-10%) e minerais não-metálicos (-7,4%) fi caram com resultados abaixo do esperado.

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